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A córnea é um tecido transparente, fino e resistente localizado na parte anterior do olho. Permite a entrada da luz e executa dois terços das tarefas de foco, seguida da íris (área colorida do olho) e da pupila. É avascular, sendo nutrida pelo humor aquoso, filme lacrimal e por difusão de vasos presentes no limbo.

Possui três funções principais: Transmitir luz; Refração (o grau dos óculos depende da curvatura da córnea); e Funciona como barreira para agentes externos. A boa visão é consequência também da transparência desta estrutura. Algumas patologias estão associadas à curvatura da córnea, como o ceratocone; e outras, à saúde da córnea, como úlceras, degenerações, distrofias, entre outras.

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Principais patologias e procedimentos na córnea:

  • Ceratocone
  • Úlcera de córnea
  • Conjuntivite Viral
  • Conjuntivite Alérgica
  • Transplante de córnea
  • Cross-link
  • Cirurgia refrativa
  • Laser de Femtosegundo

Doenças da Córnea

A córnea é a janela frontal transparente do olho. Ela transmite a luz ao interior do olho, permitindo-nos uma visão mais clara dos objetos. Lesões ou doenças corneanas podem causar nebulosidades e cicatrizes. A opacidade da córnea bloqueia a passagem normal da luz à parte traseira do olho, reduzindo a visão. As lesões da córneas podem ser dolorosas, e, às vezes, a dor mais intensa que alguém pode sentir.

Objetos pontiagudos podem causar sérias lesões à córnea, além de fogos de artifícios, baterias explosivas e substâncias químicas tóxicas, resultando em severas cicatrizes corneanas. Infecções bacterianas, virais ou fúngicas são causas frequentes de úlceras e sérios danos à córnea. Alguns distúrbios da córnea são herdados e podem levar à nebulosidade corneana e à perda da visão.

É uma doença que afeta o formato e a espessura da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas. Aparece geralmente na adolescência, tendo caráter evolutivo com o aumento do astigmatismo e miopia e acentuada baixa da visão, mas, pode se estabilizar até os 40 anos de idade. Pode manifestar-se igualmente em homens e mulheres. O fator principal para sua evolução é a alergia ocular devido à intensa coceira. O diagnóstico definitivo é feito com base nas características clínicas e exames como paquimetria e topografia da córnea.

Existem vários graus de ceratocone e cada um deve ser tratado diferente. No estágio inicial da doença, basta o uso de óculos para obter boa visão, enquanto que, nos casos mais avançados, são recomendadas lentes de contato em geral rígidas. Em caso de impossibilidade de adaptação por dificuldade no manuseio ou intolerância às lentes, opta-se pelos anéis intra estromais (anel de Ferrara) ou transplante de córnea.

Consiste na perda de substância e destruição do tecido da córnea. Geralmente apresenta vermelhidão, lacrimejamento e dor nos olhos, edema palpebral, secreção mucopurulenta, sensibilidade à luz e falta de nitidez na visão. A úlcera de córnea é uma emergência oftalmológica e deve ser solucionada tão rapidamente quanto possível, para evitar cicatrizações que afetam a visão

Existem diversas causas: infecção por bactérias, protozoários, fungos ou vírus ou pela ação de substância química; microtraumas, corpo estranho, uso incorreto das lentes de contato, não fechamento completo das pálpebras, deficiência de vitamina A e alergias.

Para o diagnóstico da causa, deve ser colhido material para exame bacteriológico, cultura e antibiograma. O tratamento depende do agente causador específico, mas em geral inclui uma associação de colírios, e em casos mais graves pode ser necessário transplante de córnea.

É uma inflamação da conjuntiva causada por vírus, altamente contagiosa, frequente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo. Geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, e o contágio é pelo contato direto com o doente ou objetos contaminados.

Os principais sintomas são: Olho vermelho e lacrimejante; Inchaço nas pálpebras; Intolerância à luz; Visão embaçada; Visão borrada. A secreção é mais esbranquiçada, em pequena quantidade e demorando 15 a 20 dias para desaparecer. Não existe tratamento específico para essa conjuntivite, e para diminuir os sintomas pode-se utilizar soro fisiológico gelado e compressas sobre as pálpebras, limpar os olhos com frequência e usar colírios lubrificantes.

A alergia é a doença crônica mais frequente na infância e adolescência. Cerca de 20% das crianças entre 6 e 7 anos apresentam conjuntivite alérgica. Os principais sintomas são coceira nos olhos, inchaço das pálpebras e conjuntiva, ardência, lacrimejamento, sensibilidade à luz. A doença pode ocorrer de forma isolada, mas na maioria dos casos se associa às outras manifestações alérgicas, principalmente rinite.

A avaliação e o tratamento da conjuntivite alérgica devem ser realizados pelo alergista junto com oftalmologista. O tratamento pode ser iniciado pela medicação sintomática para aliviar as crises. É essencial, porém, evitar a doença controlando o ambiente, educando a família sobre a doença e adotando vacinas antialérgicas específicas.

Cirurgias da Córnea

A córnea é constituída por cinco camadas (de fora para dentro), sendo o Epitélio, a Membrana de Bowman, o Estroma, a Membrana de Descemet e o Endotélio.

Existem diversas opções de cirurgias corneanas, que podem ter finalidade curativa de alguma doença, como o transplante de córnea em pacientes com ceratocone ou ceratopatia bolhosa, ou corretiva de erros de refração (“graus de óculos”), como a cirurgia refrativa em pacientes com miopia, hipermetropia ou astigmatismo.

Quando a córnea sofre um “embaçamento” (opacidade) importante é preciso trocá-la por outra transparente através de um transplante de córnea.

Pode ser indicado em: Perfurações e infecções da córnea; Ceratocone; Complicações em cirurgias oculares (como ceratopatia bolhosa após cirurgia de catarata); e Outras causas (alterações corneanas por doenças metabólicas ou por degenerações e distrofias).

É uma tecnologia nova usada para tratamento do ceratocone que parece prevenir o avanço da deformidade da córnea. Baseia-se na aplicação de luz ultravioleta (UV) na presença da riboflavina (vitamina B2). Essa exposição da riboflavina à luz UV leva à ativação da mesma que acaba reagindo com as fibras de colágeno da córnea, promovendo endurecimento da córnea.

Com o avanço nos estudos, o Cross-link pode ser usado para tratamento de ectasias pós cirurgia refrativa, para melhor cicatrização dos transplantes de córnea e para estabilização de córneas submetidas antigamente à cirurgia refrativa com bisturi (ceratotomia radial).

É um laser que opera com pulsos extremamente rápidos, o que confere diversas vantagens sobre outros tipos de lasers, principalmente no que diz respeito à precisão e à segurança em procedimentos cirúrgicos.

Tem diversas aplicações: nas cirurgias refrativas, na criação de túneis na córnea para introdução dos anéis intra estromais e nos transplantes de córneas (corte muito mais preciso e uniforme da córnea e possibilidade de realizar o transplantes lamelares, sem a necessidade "dar pontos").

Oferece muitas vantagens: É confortável e indolor; É mais seguro; Traz resultados mais rápidos; Não apresenta inflamação; e Produz menos efeitos colaterais.

É indicado inclusive em casos mais difíceis: graças à frequência extremamente alta dos pulsos do laser, as camadas da córnea são separadas com uma precisão inédita, criando um flap ultra fino. Portanto é eficaz em pacientes que anteriormente não eram candidatos à cirurgia a laser (refrativa), incluindo pacientes com miopias altas e/ou com córneas finas.

É uma cirurgia para correção do “grau dos óculos” (miopia, astigmatismo e hipermetropia) feita por meio do Excimer Laser através do modo PRK ou LASIK. O uso do laser torna a cirurgia rápida e precisa, permitindo o retorno em poucos dias às atividades. Antes de se submeter à essa cirurgia é necessário realizar vários exames: refração, topografia e paquimetria da córnea, avaliação do cristalino, estado da retina, pressão intra-ocular, etc.

Alguns critérios para indicação dessa cirurgia: exame do grau estável por pelo menos 1 ano; idade mínima de 21 anos; interrupção do uso de lentes de contato gelatinosa por pelo menos 1 semana e das rígidas por um mês; não estar grávida ou amamentando, entre outros critérios técnicos. Distúrbios de visão noturna como ofuscamento e halos em torno da luz podem ocorrer após a cirurgia refrativa, além da sensação de olho seco, necessitando uso frequente de colírios lubrificantes.

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