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O termo “catarata” é dado para qualquer tipo de perda de transparência do cristalino, lente situada atrás da íris, seja ela congênita ou adquirida, independente de causar ou não prejuízos à visão. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 47,8% dos casos de cegueira no mundo, acometendo principalmente idosos.

Estima-se que no mundo cerca de 160 milhões de pessoas tenham esta doença, considerada a maior causa de cegueira evitável. No Brasil são 2 milhões e surgem cerca de 120 mil novos casos ao ano.

Então, o que é uma “pele” que recobre o olho? A “pele” que recobre o olho externamente e que muitos confundem com a catarata é chamada de Pterígio, que, na verdade, é uma degeneração da conjuntiva e pode ter ou não indicação cirúrgica.

A catarata pode acometer apenas um ou ambos os olhos, dependendo da sua causa. A catarata relacionada à idade, doença sistêmica ou ao uso de corticóides sistêmicos, geralmente é bilateral e pode estar mais avançada em um dos olhos. Poderá ser unilateral se for secundária à doença ocular ou a um trauma do olho acometido.

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Tipos de Cataratas de maior frequência (Causas) :

  • Catarata Senil (pelo envelhecimento)
  • Catarata Congênita (desde nascimento)
  • Catarata Traumática
  • Catarata Diabética
  • Catarata Decorrente de Medicamentos

Catarata

Consiste na opacidade total ou parcial do cristalino, lente natural do globo ocular, que é responsável pela focalização da visão para longe e perto. Causa redução progressiva da visão, e pode ser congênita ou adquirida (que é a forma mais frequente).

Na maioria das vezes a catarata não pode ser diagnosticada a olho nu e nem mesmo é percebida facilmente pelos próprios portadores da catarata nas suas fases iniciais.

Os principais sintomas são: visão embaçada, alteração contínua do grau dos óculos, maior sensibilidade à luz, espalhamento dos reflexos ao redor das luzes e percepção que as cores estão desbotadas.

Tipo de catarata mais frequente, ocorre em geral com o processo de envelhecimento, surgindo mais após os 55 anos de idade.

Ocorre por doenças da mãe durante a gravidez, que atingem o feto. Com frequência é acompanhada de outras alterações.

Ocorre após acidentes que danificam os olhos (traumas contusos, perfurante, por infravermelho, descarga elétrica, radiação ultravioleta, raios X, betaterapia ou queimaduras químicas graves). Geralmente é unilateral.

Normalmente tem início precoce e provoca perda visual mais rápida do que a catarata senil. Ocorre principalmente se o diabetes não estiver controlado.

Ocorre principalmente por uso prolongado de corticóide, tanto na forma de colírio, pomadas, loções, via oral ou endovenosa.

Tratamento da Catarata

Não existe tratamento clínico para a catarata. O único tratamento eficaz é a cirurgia (facectomia com implante de lente intraocular). Existe cura para a catarata? Sim, a deficiência visual causada pela catarata pode ser revertida com tratamento cirúrgico.

A cirurgia da catarata consiste da remoção do cristalino opaco e sua substituição por lente intraocular ou LIO para possibilitar melhor passagem da luz para o interior do olho. É uma cirurgia rápida (15 a 30 minutos), realizada sob anestesia local e geralmente sedação para maior conforto ao paciente. O intervalo de tempo entre a cirurgia de catarata do primeiro para o segundo olho varia conforme o cirurgião, porém, geralmente se evita a realização da cirurgia de catarata bilateral simultânea.

A cirurgia da catarata não é um procedimento simples. O avanço dos equipamentos e das técnicas possibilitaram a redução no tempo dessa cirurgia, porém é um procedimento complexo, com curva de aprendizado longa.

É a cirurgia mais realizada na oftalmologia e foi uma das que mais evoluiu nas últimas décadas. Há pouco mais de 30 anos, era realizada sob anestesia geral, com corte amplo, implante de LIO rígida e múltiplos pontos. Atualmente, a LIO é dobrável e a incisão com cerca de 2mm e auto selante, dispensando os pontos. Trata-se de um procedimento complexo, muito seguro, porém, como qualquer cirurgia, não é isento de riscos. A tecnologia atual e a experiência do cirurgião reduzem significamente esse risco, e a saúde geral e ocular do paciente, bem como sua história familiar, são fatores que influenciam o resultado cirúrgico. Além disso, é fundamental que o paciente siga as orientações pré e pós operatórias do seu oftalmologista para reduzir os riscos.

Atualmente a cirurgia da catarata tem o potencial de corrigir a miopia, hipermetropia e astigmatismo através das modernas lentes intraoculares. Existe também as LIOs multifocais que permitem a correção da presbiopia (grau para perto). Porém temos que ressaltar que esta correção vai depender de vários fatores como a técnica cirúrgica, cicatrização do paciente e principalmente o cálculo dos implantes intraoculares.

Em geral compreendem: uso dos colírios indicados pelo cirurgião (Colírios antibióticos e anti-inflamatórios); repouso mínimo (não pegar peso, não praticar atividade física); não usar maquiagem ou cremes faciais por 10 dias; não se expor a calor intenso ou iluminação forte nos primeiros dias; não esfregar ou apoiar ou deitar de lado sobre o olho operado; não pintar cabelo. Em geral a alimentação pode ser normal, sem restrições. Também não há nenhum impeditivo à leitura ou assistir televisão.

As orientações sobre os cuidados pós-operatórios são específicas para cada caso e serão fornecidas pelo oftalmologista responsável.

A recuperação visual ocorre rapidamente. Em dois dias a maioria dos pacientes já possuem acuidade visual ótima. Vale lembrar que isso pode variar em cada caso, de acordo com outras doenças oculares presentes e com a intensidade da catarata de cada um. Diabetes e outras alterações também podem interferir na recuperação. É comum a visão ficar embaçada nos primeiros dias de pós-operatório.

Em situações normais, o deslocamento da lente intraocular é algo muito raro, principalmente se o paciente seguir as orientações pós operatórias, em especial evitar esforço físico ou baixar a cabeça nos primeiros dias e movimentos bruscos da cabeça. Existem casos em que esse evento tem mais chances de ocorrer, e seu oftalmologista deverá lhe orientar sobre o assunto.

Não. Uma vez retirada e substituída por uma lente intraocular, a catarata não voltará mais. O que pode ocorrer em alguns casos é um processo de fibrose na membrana que serve como suporte para lente (opacidade da cápsula posterior). Dependendo da intensidade dessa fibrose a membrana pode se tornar opaca prejudicando a visão. Para resolver essa opacidade realiza-se capsulotomia por Yag LASER, o qual tem caráter ambulatorial, é indolor e, quando indicado, traz melhora significativa da visão.

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