Minha Pálpebra Está Caída, e Agora?
1- O que é a ptose palpebral?
A ptose palpebral é a queda uni ou bilateral da pálpebra superior a partir da sua posição normal. Com isso, a pálpebra superior encontra-se constantemente cobrindo o olho mais do que o normal, causando desde um comprometimento estético até redução do campo de visão. O normal é que a pálpebra superior cubra cerca de 1 a 2mm da porção superior da córnea.
2- Quais são os principais sinais e sintomas?
Os sintomas dependerão da intensidade da queda da pálpebra, podendo ser desde assintomática até causar dificuldade visual, peso nos olhos, posição anômala de cabeça e até “olho preguiçoso “.
Muitas vezes, de forma inconsciente, o paciente compensa a ptose com a contração do músculo da testa (frontal), elevando os supercílios.
3- Quais são as causas?
A ptose palpebral pode ser de origem congênita (desde nascimento) ou adquirida. A ptose congênita é aquela que o bebê nasce com a pálpebra superior caída e esta deve ser corrigida com cirurgia caso haja comprometimento visual ou quando a criança tem limitações na posição da cabeça ou mau desenvolvimento social e escolar. A ptose adquirida é em sua maioria devido ao envelhecimento (senil), mas pode ocorrer por alterações miogênicas (como miastenia gravis), neurogênicas, mecânicas (tumores, cicatrizes) e traumáticas.
Existe ainda uma condição considerada pseudoptose e pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais freqüente nos pacientes acima de 50 anos. Ocorre pelo excesso de pele nas pálpebras (que se chama dermatocálase) que promove um aumento de peso nas pálpebras superiores causando diminuição do campo visual superior e lateral, o que interfere na qualidade da visão. Nesse caso, a cirurgia é diferente da ptose verdadeira, pois é necessária somente a retirada do excesso de pele.
4- Como o médico trata a ptose palpebral?
O tratamento depende da sua causa. Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico e pode ser feito por motivos estéticos ou funcionais (quando há interferência na visão do paciente), ou por ambos, o que é mais comum. A cirurgia palpebral nos adultos é realizada sob anestesia local. Na ptose palpebral congênita, a cirurgia pode ser realizada precocemente quando existir risco de ambliopia (“olho preguiçoso”) devido à queda acentuada da pálpebra.
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